Ausência epiléptica na infância
Escrito pelo nosso Medical Knowledge Team
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Visão geral
Crises de ausência, também chamadas crises do pequeno mal ou ausência epiléptica na infância, são uma forma de epilepsia em forma de episódios curtos e não graves de perda de consciência. Esta condição geralmente começa entre as idades de quatro a dez anos, em crianças normalmente saudáveis. Os pacientes geralmente ficam olhando fixamente e tem uma perda súbita de consciência que normalmente dura entre cinco e vinte segundos. Esta condição é tratada com medicação anti-epiléptica. A maioria das crianças com ausência epiléptica verá seus sintomas bem controlados com medicação. Frequentemente as crises desaparecem à medida que as crianças crescem.
Riscos
Crises de ausência são uma forma de epilepsia. As crises ocorrem quando há episódios de atividade elétrica incontrolável e desorganizada no cérebro. Esta condição é causada por uma mutação genética que parece afetar o cérebro em desenvolvimento, mas não o cérebro adulto. Por esta razão, a ausência epiléptica frequentemente ocorre em famílias. Os irmãos de crianças com esta condição têm cerca de 10% de probabilidade de também terem epilepsia. As crises de ausência na infância são um pouco mais comuns em meninas do que em meninos. A ausência epiléptica geralmente começa entre as idades de quatro e dez anos. Sendo pouco comum começarem após os 14 anos de idade.
Sintomas
Os sintomas de uma crise de ausência são episódios curtos em que o olhar está fixo ou há um desconhecimento do que acontece ao redor, e que ocorrem várias vezes ao dia. Pode ocorrer no meio de uma frase, ou parecer que a criança está sonhando de olhos abertos. Durante estes episódios, podem haver outros sinais como estalar os lábios, movimentos de mastigação, suspiros, pálpebra tremendo ou pequenos movimentos curtos e rápidos da cabeça. Após o episódio, a criança não se recorda do que aconteceu. Algumas crianças são diagnosticadas pela primeira vez quando suas crises começam a causar dificuldades na escola.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito por um médico experiente ou pediatra com base nos sintomas e descrição do episódio. Frequentemente se faz um teste chamado de vídeo-EEG (vídeo-encefalografia), que testa a existência de sinais elétricos de convulsões no cérebro (eletroencefalografia), enquanto a criança é filmada em video, a fim de se observar as características da crise.
Tratamento
Crises de ausência geralmente podem ser bem controladas com medicamentos anti-epilépticos. Nenhum tratamento especial é necessário durante uma crise de ausência, embora possa ser útil tocar delicadamente a criança para verificar se ela está tendo uma crise de ausência ou sonhando acordada.
Prognóstico
Crianças com ausência epiléptica geralmente não têm quaisquer complicações a longo prazo e respondem bem a medicamentos anti-epilépticos. Mais da metade das crianças com ausência epiléptica deixam de ter crises à medida que crescem.