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COVID-19 (doença do coronavírus 2019), conhecido como 2019-nCoV

Escrito pelo nosso Medical Knowledge Team

Atualizado em

Esse texto é baseado na evolução, ainda que de conhecimento limitado, do novo coronavírus. As informações presentes serão atualizadas, assim que novas forem disponibilizadas.

COVID-19 (doença do coronavírus 2019)

COVID-19 é a patologia resultante da infecção de um novo vírus respiratório (SARS-CoV-2) que foi identificado pela primeira vez em 8 de dezembro de 2019 em Wuhan, Província de Hubei na China, como o responsável pelo surto de doenças respiratórias. Esse nome, COVID-19, foi sugerido pela Organização Mundial de Saúde (WHO) seguindo diretrizes estabelecidas. 1

Áreas afetadas

No começo, a maioria dos casos foram detectados na China. A Europa e a América do Norte são neste momento epicentros do surto, no entanto, todos os continentes estão relatando um número crescente de casos. O surto de COVID-19 foi declarado uma pandemia pela OMS em 11 de março de 2020. 2

Causas e riscos

Os coronavírus são um grupo grande de vírus que causam infecções em várias espécies de animais. Os morcegos parecem ser os agentes transmissores do COVID-19, mas os hospedeiros intermediários ainda não foram identificados. 3 Esses vírus também podem ser transmitidos com o contato entre humanos e animais e em alguns casos também entre humanos. Apesar de raro, no passado, os coronavírus foram responsáveis por outros surtos. (MERS-CoV e SARS).

Inicialmente, muitos dos pacientes do surto do COVID-19 tinham como ponto em comum um mercado local de vendas de animais e mariscos – sugerindo que o contágio ocorreu através do contato entre animais e humanos. No entanto, os casos seguintes, dentro e fora da China, não tiveram exposição a animais de mercado, indicando assim a possível transmissão entre humanos. 4

A doença se espalha de pessoa para pessoa através de pequenas gotículas do nariz ou da boca que são transmitidas quando uma pessoa com COVID-19 tosse ou espirra e pousam em objetos e superfícies ao seu redor. Outras pessoas que tocam nesses objetos ou superfícies se contaminam com COVID-19 ao passar as mãos nos olhos, nariz ou boca. As pessoas também podem se contaminar se respirarem gotículas contaminadas de uma pessoa com COVID-19 que tosse ou espirra próximo a elas. Estudos sugerem que o vírus é transmitido principalmente pelo contato com gotículas respiratórias, e não pelo ar. Embora as investigações sugiram que o vírus possa ser encontrado nas fezes em alguns casos, o risco de transmissão fecal-oral parece ser baixo. 5

Alguns fatores de risco devem ser considerados como onde você mora, sua idade e sua saúde geral. A maioria dos casos são adultos, sendo 2% com menos de 20 anos. A maioria dos pacientes (80%) apresentou a doença de forma leve e se recuperou bem sem a necessidade de tratamento especial. Cerca de 14% apresentaram doença grave e 5% ficaram gravemente doentes. 6 Aproximadamente 2-3% das pessoas morreram devido à doença. 5

Sinais e sintomas

Sinais e sintomas típicos incluem febre, tosse seca, fadiga, tosse com catarro e falta de ar. Alguns casos também relatam dor de garganta, dor de cabeça, dores musculares e calafrios. 5

Os casos mais graves desenvolvem pneumonia grave, síndrome do desconforto respiratório agudo, sepse e choque séptico que podem levar à morte do paciente. Indivíduos com mais de 60 anos e indivíduos com condições crônicas existentes (hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas e câncer) parecem ser mais vulneráveis levando a experimentar a doença de maneira grave e até mesmo a morte. 3 5

As estimativas atuais do período entre a infecção e o início dos sintomas, variam de um a 12,5 dias, sendo a média entre cinco e seis dias. Embora as pessoas sejam contagiosas quando apresentam sintomas (semelhantes aos da gripe), há indicações de que algumas pessoas podem transmitir o vírus sem apresentar nenhum sintoma ou mesmo antes que ele se manifeste. Se isso for confirmado, dificulta-se a detecção precoce de infecções por 2019-nCoV. No entanto, não é incomum para infecções virais desse tipo, como é também observado no caso do sarampo. 6

Se você está preocupado com a possibilidade de estar infectado, agora pode usar a avaliação e o verificador Ada COVID-19. Lembre-se de que testes adicionais serão necessários para diagnosticar o COVID-19.

Diagnóstico

Fora da China continental, testes laboratoriais de amostras respiratórias confirmam a infecção por SARS-CoV-2. 7

Quem deve realizar o teste para COVID-19? 8

Pacientes com início repentino de pelo menos um dos seguintes sintomas:

  • febre
  • tosse
  • falta de ar.

As recomendações atuais para a realização dos testes dependem do estágio do surto no país ou na área em que você vive. Diferentes áreas têm surtos diferentes, mesmo dentro do mesmo país, e as abordagens à realização do teste serão adaptadas à situação a nível nacional e local. 8

As pessoas que, nos 14 dias antes do início dos sintomas, preencheram pelo menos um dos seguintes critérios também devem ser testadas:

  • Teve contato próximo com um paciente de COVID-19 (exposição associada à saúde, trabalhado junto das proximidades ou compartilhado o mesmo ambiente de sala de aula, viajado junto em qualquer transporte ou morado na mesma casa).
  • Tenha um histórico de viagens nas áreas das comunidades com transmissões do COVID-19.
  • Trabalhou ou colaborou junto a um estabelecimento de saúde em que pacientes com infecções do COVID-19 estavam sendo tratados.

O que fazer caso você se enquadre nesses critérios?

  • Como as medidas diferem entre os países, entre em contato com a respectiva autoridade de saúde pública para obter orientações sobre o que fazer.
  • Antes de ir ao consultório médico ou à sala de emergência, ligue com antecedência e informe-os sobre suas viagens recentes e seus sintomas e siga as suas orientações.
  • Evite o contato com outras pessoas.
  • Não viaje enquanto estiver doente.
  • Cubra a boca e o nariz com um lenço de papel ou a manga (e não use as mãos) ao tossir ou espirrar.
  • Lave as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos. Use um desinfetante para as mãos à base de álcool (contendo pelo menos 60% de álcool), se água e sabão não estiverem disponíveis. 9

Tratamento

Até o momento, não há tratamento específico para esta doença. No entanto, os infectados com o COVID-19 devem receber tratamento adequado para aliviar e tratar seus sintomas e aqueles com doenças graves devem obter maiores cuidados. Alguns tratamentos específicos estão sendo investigados e serão testados através de um estudo clínico. 5

Prevenção

Até o momento, não há vacinas que evitem o contágio do COVID-19. Evitar se expor ao vírus é a melhor maneira de prevenir a infecção. Algumas medidas para evitar que o vírus respiratório se espalhe, incluem:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos. Se não houver água e sabão, use um desinfetante para as mãos à base de álcool (contendo pelo menos 60% de álcool).
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
  • Evitar contato próximo com quem tem febre e tosse.
  • Ficar em casa quando estiver doente.
  • Cobrir a boca ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogue-o no lixo.
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocadas com frequência. 10

Para viajantes com destino à áreas afetadas:

Vários países 9 11 12 atualmente recomendam que os indivíduos evitem viagens à China. Se não for possível evitar viajar para a China ou se você já estiver na China, atente-se ao seguinte:

  • Evite contato com pessoas doentes.
  • Converse sobre a sua viagem com seu médico - idosos e viajantes com problemas de saúde subjacentes podem estar em risco de uma doença mais grave.
  • Evite animais (vivos ou mortos), mercados de animais e produtos provenientes de animais (como carne não cozida).
  • Lave as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos e use um desinfetante para as mãos à base de álcool (contendo pelo menos 60% de álcool), se não houver água e sabão. 9

Para informações detalhadas, lei o nosso artigo editorial da Ada sobre o novo coronavírus onde as perguntas mais frequentes foram respondidas pelo Dr. Andreas Gilsdorf.